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  • AUTORITARISMOS NO BRASIL - O OLHAR DE DEZ REALIZADORAS BRASILEIRAS CONTEMPORÂNEAS∙ LÍDIA MELLO

AUTORITARISMOS NO BRASIL - O OLHAR DE DEZ REALIZADORAS BRASILEIRAS CONTEMPORÂNEAS∙ LÍDIA MELLO

14,00 €  
IVA incluído

AUTORITARISMOS NO BRASIL - O OLHAR DE DEZ REALIZADORAS BRASILEIRAS CONTEMPORÂNEAS• Lídia Mello • 2022 Outro Modo Cooperativa Cultural 196 pgs • Prefácio de Susana Sousa Dias • Capa de André Luz • Coordenação Editorial: Nuno Domingos, Ana Estevens, João Baía, Nuno Medeiros, João Luís Lisboa, Débora Dias, João Queirós & Franco Tomassoni • PVP 14€ • Linha de Sombra • www.linhadesombra.com • Cinemateca Portuguesa.

“O presente, disse Jacques Rancière em 2010 e repetiu-o em 2022, não é muito alegre. A ordem dominante endureceu e a ascensão da extrema-direita põe em risco democracias que julgávamos sólidas. O livro de Lídia Mello surge nesse momento de perigo, assinala-o – e essa é uma das suas forças –, apresenta-nos formas de resistência que se encontram nas obras de dez realizadoras brasileiras, mostrando como o combate se faz também através do cinema. Esta é, aliás, uma das questões que o livro levanta: pode o cinema ter um papel activo na mudança do mundo? (...) Os filmes mencionados neste livro, constituem, também eles, documentos históricos. Ao fazê-los, as realizadoras posicionam-se perante factos da História e também os julgam simbolicamente. Ao escrever este livro, também Lídia cria um documento que constitui, ele próprio, uma tomada de posição. Como referia Jacques Derrida em “Mal d’Archive.” não há poder político sem poder sobre a memória. Convocá-la, trabalhá-la, activá-la – impedindo a sua captura e esvaziamento – torna-se tarefa para todas nós.”


O QUE FALHOU ENTRE OS AUTORITARISMOS DO PASSADO E DO PRESENTE NO BRASIL? Susana de Sousa Dias

“«Realizadoras brasileiras em tempos sombrios» poderia ser, evocando Hannah Arendt, um título alternativo deste livro de Lídia Mello. A sua força maior é, como assinala Susana de Sousa Dias, desvelar, através de entrevistas feitas pela autora, a sensibilidade e pensamento de dez realizadoras contemporâneas, que, através do cinema – o corpus abordado vai de 2011, de instituição da Comissão Nacional de Verdade, a 2019 –, abordam os autoritarismos no Brasil. Quando o direito à memória e verdade histórica é contrariado pela ascensão da extrema-direita, e o cinema é espoliado de apoio e condicionado, publicar este livro é um gesto ético e político. Em tempos sombrios, de recuo global da democracia, e de interrogação sobre o que, no Brasil, falhou para o autoritarismo ter retornado, interroguemos estas «imagens, apesar de tudo». Fazê-lo imaginando e dando voz a um cinema político de resistência e questionação no feminino é duplamente preciso.”


Maria do Carmo Piçarra