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  • REALIZADORAS PORTUGUESAS ∙ CINEMA NO FEMININO NA ERA CONTEMPORÂNEA ∙ MARIANA LIZ & HILARY OWEN (ORG.)

REALIZADORAS PORTUGUESAS ∙ CINEMA NO FEMININO NA ERA CONTEMPORÂNEA ∙ MARIANA LIZ & HILARY OWEN (ORG.)

20,00 €  
IVA incluído

REALIZADORAS PORTUGUESAS • CINEMA NO FEMININO NA ERA CONTEMPORÂNEA • Edição de Mariana Liz & Hilary Owen • 2023 Imprensa das Ciências Sociais • Textos de Manuela Penafria, Ana Isabel Soares, Hilary Owen, Mariana Liz, Patricia Vieira, Estela Vieira, Alison Ribeiro de Menezes, Ana Cabral Martins, Sally Faulkner & Filipa Rosário • Fourteen Portuguese women directors active between the 1970s and the present day: Noémia Delgado, Margarida Gil, Teresa Villaverde, Raquel Freire, Solveig Nordlund, Susana Nobre, Margarida Cardoso, Susana de Sousa Dias, Inês Medeiros, Rita Azevedo Gomes, Joana Pimenta, Salomé Lamas, Cláudia Varejão & Leonor Teles • Tradução de Marta Lisboa • Prefácio da escritora Lídia Jorge • Cover image: Alice Albergaria Borges in COLO (2017), directed by Teresa Villaverde • A história do cinema das realizadoras portuguesas apenas começa, de forma sistemática, depois de 1974. Este livro, que junta textos de investigadoras sediadas no Reino Unido, Estados Unidos da América e Portugal, discute filmes de 14 realizadoras, considerando o cinema de ficção e documental produzido nos últimos 50 anos em Portugal. Os textos aqui reunidos mapeiam as visões cinematográficas que estas autoras trouxeram para o cinema português na sequência da Revolução do 25 de Abril  e da descolonização em África, e a forma como têm contribuído para a sua internacionalização. Neste “cinema no feminino” assistimos tanto a uma nova conceptualização do cinema nacional através, por exemplo, do cinema etnográfico realizado no final dos anos 1970, como à exploração de intervenções marcadamente de género em torno do mundo masculino das guerras coloniais. A partir dos anos 1990, assuntos políticos feministas, como a campanha em torno da descriminalização do aborto e do novo estatuto para a comunidade LGBTQIA+, a par de diversas preocupações relacionadas com problemas globais, como as migrações e a situação de comunidades minoritárias, assumem igualmente destaque. Os textos deste livro mostram também como as realizadoras têm contribuído para a evolução da linguagem cinematográfica, desde o trabalho desenvolvido na composição de som ao género do cinema-ensaio, da relação cinematográfica com o arquivo à adaptação da palavra escrita. Com um prefácio de Lídia Jorge, o livro resulta num desafio poderoso à marginalização do cinema das realizadoras portuguesas enquanto cinema duplamente minoritário, explorando, de forma positiva, os vários círculos de ferro que estas autoras têm vindo a romper. Lançamento dia 04 de Maio, Indie Lisboa 2023, na Cinemateca Portuguesa • Livro disponível para encomenda na Livraria Linha de Sombra • Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.

“O mundo com que nos confrontamos hoje em dia surge como um espelho estilhaçado e sem fronteiras que exige novas semânticas para a sua transfiguração – das descolonizações e das colonizações, da escravatura antiga às escravaturas contemporâneas, da dívida impagável de uns povos sobre os outros, da dívida que os homens acumularam para com as mulheres, dos estigmatizados na identidade sexual pela força da identidade maioritária, da força da Natureza e da vulnerabilidade da Terra, do domínio sanguinário dos seres humanos sobre os outros seres da Criação, do impulso da tecnologia e da barbárie, que contraditoriamente, ela arrasta consigo, e da promessa de um dia acordarmos não-humanos, sem sabermos onde termina o vidro e a esponja, e começa a nossa carne, e o facto de sermos cada vez mais ninguém no meio do escândalo do Cosmos, essa é a lava-matéria-prima diante da qual os criadores contemporâneos procuram novas narrativas estilhaçadas, próximas de um mundo que percebemos cada vez mais einsteiniano. Se juntarmos as realizadoras portuguesas de entre os anos 70 e os nossos dias, como fazem as 10 ensaístas responsáveis por REALIZADORAS PORTUGUESAS: CINEMA NO FEMININO NA ERA CONTEMPORÂNEA, eu inscreveria as cineastas portuguesas no meio desta grande metamorfose, em que escassos 50 anos são apenas um palco rápido para intensidade desta incrível batalha humana em transformação, Este livro ensina a admirar mulheres de resistência que lutam para oferecer, em modo de fantasia, a sua interpretação deste mundo deslizante, e por isso, além de tudo o mais, é uma lição de autoestima.”


ROMPENDO OS CÍRCULOS, Lídia Jorge